40 mil km

O atleta esquiador Chris Waddell, que sofreu um acidente de ski que o deixou paraplégico da cintura para baixo em 1988 (e que veio a se tornar o maior medalhista em paraolimpíadas no esporte), está neste exato momento realizando o que deve ser a maior façanha de sua vida até então: uma escalada autônoma até o topo do Monte Kilimanjaro.

Chris está realizando a subida ao pico mais alto da África, com 5.891,8 metros de altitude, utilizando um veículo de 4 rodas chamado de Bomba, totalmente impulsionado através da força de seus braços em uma espécie de pedal na altura do peito.

A uma altitude de 5.490 metros, Chris postou em seu blog "One Revolution" ontem, 28 de setembro, no terceiro dia de expedição, que apesar do frio intenso ao pôr-do-sol, está bastante animado para esta quarta-feira, que promete uma ótima investida até o cume.

Chris Waddell tem dedicado a sua vida a desafiar os limites do que um portador de necessidades especiais é ou não capaz de fazer, e espera com o seu feito mudar a percepção das pessoas em relação as mais de 21 milhões de pessoas no mundo nesta situação.

Use sua bicicleta! Além de ser ecologicamente correto, já serve de treino para suas aventuras!

John Bradley, do Outside Blog, postou este vídeo que encontrou no Twitter do ciclista Lance Armstrong, 7 vezes campeão do Tour de France.


O vídeo com imagens de Tomaz Cavalieri e Maurício Gandini, que aparentemente faz parte de uma campanha para a redução de emissão de CO2 na atmosfera, exibe uma disputa entre um ciclista e um helicóptero pelas ruas de São Paulo, no "São Paulo Intermodal Challenge". Ambos partiram do mesmo local, na praça Gen. Gentil Falcão, com destino à prefeitura da cidade. Após 22 minutos da largada, em um trajeto de aproximadamente 11km, a bicicleta é a primeira a chegar no destino combinado. O Helicóptero levou 33 minutos desde o embarque e desembarque do passageiro.

Além dos dois veículos, também participaram uma pessoa correndo (1h06min), um ônibus (1h11min), um carrro (1h22min) e um pedestre, que foi caminhando pelo trajeto (1h32min).

Veja o mapa com o provável percurso.

A dupla de aventureiros Luiz Felipe Mendes de Moura e Carla Baldan Dias, que em junho/julho de 2009 realizaram a "Expedição Cordilheira Branca", no Peru, já estão preparando sua nova aventura para 2010. A expedição, intitulada "Trilogia dos Alpes", tem por objetivo escalar 3 montanhas clássicas dos Alpes Suíços: Mont Blanc (4808 m), Mattherhorn (4478 m) e Eiger (4478 m).

Felipe e Carla, membros do Grupo de Escalada Esportiva e Montanhismo da Unicamp (Geeu), estão neste momento na etapa de preparação e estabelecimento de parcerias com empresas para viabilizar financeiramente a empreitada, conforme indicam no blog da nova expedição.

A expedição no Peru, que atingiu os cumes do Ishinca, de 5.530 metros, e do Pisco, de 5.760 metros, resultou em cerca de 3 mil fotos e 4 horas de imagens, que devem  ser transformadas em um documentário, com duração de aproximadamente 100 minutos.

Em seu blog "High Places" Steph costuma postar dicas de escalada, preparação para saltos, mensagens de seus fãs e também vídeos de suas aventuras. Entre os últimos vídeos postados por Steph, também disponíveis no site Vimeo, estão estes fantásticos 3 minutos que mostram um grupo de saltos de BASE jump no deserto de Moab, Utah, EUA. O ângulo em que a câmera foi colocada nos trasmite a sensação de estar acompanhando estes momentos de adrenalina pura, embalados por um trilha empolgante. Assista o vídeo Desert Fly.


Dica: assista também no YouTube este incrível vídeo dos "homens esquilo" em vôos rasantes sobre as montanhas com seus wingsuits.

Nesta quinta-feira, 01 de outubro de 2009, a Design Brasil, Gustavo Junqueira e André Dib estarão realizando um coquetel de abertura da exposição de fotos "Deserto de Mil Cores" e exibição do vídeo documentário "Atacama 2009 - Expedição Influenza" da sua jornada realizada em junho deste ano.

O evento ocorrerá em Ribeirão Preto, SP, no Alto da Boa Vista, na Rua Prof. Alonso Ferraz nro. 1070, Sala Cultural Design Brasil, as 20:30hs.

Veja também matéria neste blog sobre a conquista dos 11 picos mais altos no Brasil por André Dib.

O site ExplorersWeb divulgou semana passada a lista prévia dos exploradores que estão com planos marcados para expedições na Antártida. Entre a lista existem desde aventureiros que possuem a intenção de ir caminhando até o polo sem qualquer apoio externo até aqueles que contarão com apoio para suprimentos ou irão de forma motorizada. Entre todos, Megan Mcgrath que, se alcançar o sucesso, será a primeira canadense a executar a tarefa de forma "solo", Ben Saunders (Twitter) que pretende bater recorde de velocidade tanto no Pólo Sul quanto Norte e a dupla Fiona Lindsay e Ronny Finsaas que pretendem atravessar o continente de kite-ski.


Além disto, há na lista alguns mais intrépidos, que pretendem realizar expedições aos chamados "3 pólos" (Pólo Sul, Pólo Norte e Everest) no período de 1 ano, como os exploradores Antony Jinman e Eric Larsen. É possível acompanhar as aventuras de Jinman também pelo Twitter e de Larsen pelo Facebook.


E você, tá a fim de uma expedição para a Antártida? A empresa White Desert Antarctica pode levar você em seu jato privado! É só agendar. Aqui no Brasil a Antarctica Expeditions também possui viagens para lá de navio.

Quem está acostumado a levar mapas em corridas de aventura ou expedições, sabe muito bem o desastre que pode ser o contato com a água ou mesmo o suor do corpo: de borrões que impedem a leitura até o esfarelamento de boa parte do mapa. Eu mesmo particularmente já tive mapas encharcados mesmo utilizando os map cases da Coghlans (aqueles com a borda amarelinha) e da Azteq. O da Cohglans já vi até se rasgar nas mãos de um corredor de aventura. O da Azteq particularmente gosto muito devido aos velcros que permitem manter o case dobrado enquanto está pendurado ao pescoço, exceto pelo fato de que inundou numa virada de duck em corredeira. São bons equipamentos, mas talvez não para o nível de exigência de corridas de aventura. Comprei recentemente um da Sea to Summit, parece ser o mais resistente de todos, mas ainda não testei.

Outra opção bastante utilizada é a de proteger o mapa com plástico adesivo do tipo "papel contact", mas que muitas vezes acaba permitindo a entrada de água por pequenos furos que se formam nas repetidas dobras durante o uso. Além disto, a tarefa de "embalar" o mapa as pressas antes de uma largada, com pouco tempo para marcação das coordenadas dos PCs (pontos de controle) e cuidando para não formar bolhas, é sempre angustiante.


Mas que tal utilizar o map case que Ian Adamson, um dos maiores corredores de aventura, campeão do mundo diversas vezes e 4 vezes recordista mundial (endurance) de Caiaque (veja a lista de conquistas na WikiPedia), recomenda e afirma utilizar para transportar seus mapas e outros equipamentos obrigatórios em suas provas? O produto é da empresa americana Loksak, fundada por um scuba diver em busca de um saco 100% a prova d'água. O principal produto da empresa, utilizado por Ian e outros corredores como o neozelandês Nathan Fa'avae (também corredor de aventura e campeão de mountain bike), é o aLOKSAK®, um saco estanque com selo hermético completamente a prova de água (até 60m de profundidade), ar, poeira e humidade. O saco além de transparente é flexível e a prova de furos, e possui um sistema de fechamento "adesivo" que pode ser selado inúmeras vezes. É oferecido em diversos tamanhos e formatos, desde 12X10cm até 81X40cm e possui uma versão com filme protetor contra odores para carregar alimentos (e mantê-los longe do faro de animais silvestres).

Ainda não encontrei para venda no Brasil, mas falando diretamente com a gerente comercial da empresa ela comentou que podem enviar para cá, apesar de não constar nas informações do site.

O ciclista Mark Beaumont, que no ano passado bateu o recorde de menor tempo para a volta ao mundo de bicicleta, está enfrentando uma nova aventura no pedal. Em 29 de maio deste ano, Mark partiu da cidade de Anchorage, Alasca para percorrer  aproximadamente 24 mil kilômetros até Ushuaia, no extremo sul da Patagônia Argentina, façanha que deverá levar em torno de 8 meses. Além dos 120 km diários de pedalada, em média, Mark escalou o Monte Dinali (também conhecido como Monte Mckinley) e pretende escalar o Monte Aconcágua, feitos para os quais treinou com guias especializados de montanha durante uma temporada nos alpes franceses.


Mark já cruzou todo o Alasca, Canadá, EUA e, após enfrentar climas gélidos e tórridos, como a atravessia do deserto de Moab (veja dicas para atravessar o deserto), chegou ontem (25 de setembro) ao Oceano Pacífico na cidade de Manzanillo, após 9.660 km rodados. Através do blog de Mark você pode acompanhar suas histórias ao longo da expedição. Também é possível visualizar em um mapa a rota traçada até o momento, visualizar suas fotos no flickr, um diário de vídeos e até segui-lo no Twitter ou Facebook.

Tá a fim de praticar arvorismo pra valer? Dá só uma olhada em um preview da matéria de capa que está saindo na revista National Geographic americana  de outubro (espero que venha para cá a reportagem). Esta fotocolagem abaixo foi montada pelo fotógrafo Michael Nichols. Se lembrar do cenário não é mera coincidência: Spielberg e George Lucas utilizaram o cenário nas filmagens de Jurassic Park II e de Star Wars, Retorno do Jedi. As fotos foram tiradas durante uma expedição de 11 meses de caminhada pela floresta de Redwoods na Californa, do Big Sur até a fronteira com o estado de Oregon, EUA.

Graças aos canais de tv a cabo ou satélite, não precisamos nos limitar a assistir somente a futebol quando se fala de esportes na mídia brasileira. Canais como Discovery Channel e National Geographic Channel tem nos trazido constantemente programas de tv que nos levam diretamente ao mundo da aventura, lado a lado com exploradores mais, ou menos, audaciosos.

No Brasil, podemos acompanhar atualmente as aventuras de Edward Michael Grylls, conhecido como Bear Grylls, no programa "A Prova de Tudo" (originalmente "Man vs. Wild"), Les Stroud, no programa "Survivorman" e Bruce Parry, no programa "Na Amazônia com Bruce Parry" ("Amazon"), todos transmitidos pelo canal Discovery. Já no exterior, a National Geographic estreou neste mês o programa "Alone in the Wild" com Ed Wardle.


Bear Grylls, nascido na Irlanda e recém eleito chefe maior dos escoteiros do Reino Unido, serviu nas forças armadas no regimento especial de serviço aéreo (SAS) como soldado, instrutor de sobrevivência e médico da tropa. Em 1996 sofreu um sério acidente de paraquedas no Kenya que o fez ficar em reabilitação por 18 meses em um hospital militar após 3 costelas quebradas, o que não o impediu de em 1998 realizar seu sonho de infância de subir o Monte Everest, entre outras aventuras.

O programa de Bear, "A Prova de Tudo", é uma proposta de guia de como sair das mais difíceis situações em vários dos ambientes mais inóspitos do mundo. Bear dá dicas de como sobreviver em montanhas, cavernas, desertos áridos, quedas em lagos congelados, areia movediça e outros desafios. Também dá dicas de como obter comida e água, montar abrigos e utilizar os elementos da natureza a seu favor. O programa é cheio de emoções e situações de adrenalina, onde Bear se expõe a todo tipo de "torturas". Entretanto, seu programa recebeu críticas severas após terem sido reveladas algumas situações em que, ao contrário do que seus episódios mostraram do aventureiro passando noites de frio na natureza, Bear estaria dormindo com a equipe de filmagem em confortáveis hotéis de luxo. O que não tira o mérito de sua disposição e coragem e das locações fantásticas exibidas nos episódios do programa.

O "Survivorman" Les Stroud já nos apresenta um outro estilo. Les é canadense, músico, produtor de filmes e expert em sobrevivência, tendo criado vários programas filmados na natureza para canais de televisão no seu país, incluindo a própria Discovery, além de ter participado ativamente de diversas corridas de aventura. Em seu programa, Les Stroud também é levado a diferentes locais inóspitos ao redor do mundo, diferenciando-se pelo fato de ficar totalmente isolado e sem equipe de apoio ou de filmagem. O aventureiro faz toda a gravação das imagens sozinho, normalmente por um período de 7 dias até ser resgatado, mostrando situações bem mais realistas de sobrevivência em busca de água, comida e abrigos criados por ele mesmo, passando muitas vezes por situações de privação de sono, desidratação, fome e doenças adquiridas no contato com a natureza selvagem. Vale a pena acompanhar o vídeo blog de Les Stroud atualizado quase que diariamente.

Bruce Parry, aventureiro britânico, ex-mariner (das forças armadas britânicas) já foi apresentador de outros programas de aventura e nos traz "Na Amazônia com Bruce Parry", onde percorre com sua equipe de filmagem os mais diversos locais e vilarejos ao longo do Amazonas, de sua foz ao oceano Atlântico (veja também o post sobre os "Amazon Walkers"). Parry conhece e convive com várias tribos indígenas, populações ribeirinhas e trabalhadores da mata, mostrando os hábitos, costumes e tradições destes povos. Embora também passe por várias situações difíceis e exaustivas, seja em caminhadas ou trajetos por rios, o programa de Parry já tem um estilo bem mais leve de aventura, embora não possa ser classificado como uma série de turismo devido ao próprio ambiente selvagem da floresta amazônica. O site do programa possui um material riquíssimo sobre a aventura de Parry, com o blog completo e recheado de vídeos dos locais por onde passou.
"Alone in the Wild", de Ed Wardle, vem a ser o mais inovador entre os programas apresentados. Ed, que já tinha escalado e filmado o documentário "Everest: Beyond the Limit" para o Discovery Channel e participado de uma expediçao ao Pólo Norte, foi literalmente largado no território de Yukon no norte do Canadá para um período de autosuficiência de 90 dias. O grande diferencial do programa, é que foi possível acompanhar os dias de Ed através de mensagens diárias na sua página no Twitter e de mensagens e gravações de vídeo pelo site da National antes mesmo dos episódios estrearem na televisão americana. Em sua aventura, Ed perdeu mais de 12kg e acabou solicitando resgate após 50 dias sozinho na natureza pelas dificuldades em lidar com a falta de comida e com a solidão. Os sites Dark Roasted Blend e Channel 4 também trazem algumas informações, fotos e vídeos de Ed, caso não consigam acessar os originais no site americano da National Geographics (o que eu particularmente não estou mais conseguindo)

Dicas:
Acompanhe a programação da National Geographics e a programação da Discovery.
Alguns dos programas citados também já estão disponíveis para compra através do site da Amazon.com.

Ontem mesmo publiquei a notícia sobre a nova expedição de Todd Carmichael, o aventureiro de 45 anos que em 09 de outubro partirá para uma expedição solo de ida e volta pelo Death Valley na Califórnia, EUA, percorrendo mais de 600km.

Hoje o The Adventure Blog divulgou a rota definida por Todd através do deserto, que pode ser baixada neste link e visualizada no Google Earth. Dá para ver que não será uma tarefa fácil enfrentar o deserto mais árido, quente e seco da América do Norte de forma totalmente autônoma e autosuficiente.

O mais legal é que durante a aventura será possível acompanhar todos os passos de Todd, que estará levando consigo um SPOT (Satellite Personal Spotter), equipamento já disponível também no Brasil, que emitirá a cada 10 minutos sua posição no deserto.

Quando ficou sabendo que ninguém nunca tinha atravessado todo o Death Valley na Califórnia, EUA, Todd Carmichael, que no ano passado bateu o recorde mundial de expedição solo não assistida da costa da Antártida até o Pólo Sul, percorrendo 700 milhas (1126,54 km) em 39 dias, 7 horas e 33 minutos,  simplesmente não acreditou e ficou pensando: "se ninguém nunca atravessou, então porque não atravessá-lo duas vezes?".


A partir de então sua mente não parou de maquinar e pensar em tudo o que precisaria para atravessar os  320km de um dos dois desertos mais quentes do mundo, ida e volta. Quanta água precisaria? Como carregá-la e mais todos os equipamentos e comida? A solução: construir o que Todd chamou de "The Pig", um reboque desenhado e montado por ele mesmo para levar 125 litros de água e o restante do que irá precisar nesta aventura.


Após alguns meses de planejamento e estratégias para enfrentar o calor que pode facilmente chegar a 50 graus centígrados, a data foi marcada. Todd pretende partir com seu "Pig" no dia 09 de outubro próximo e ainda tem planos de bater o recorde de sobrevivência autônoma em expedições para a marca de 400 milhas, correspondente a 641,93km, atualmente conquistada em 37 dias. Seu objetivo é de realizar a façanha em apenas 18 dias e meio.

A aventura de Todd Carmichael e o porco do deserto poderá ser acompanhada pelo site http://www.humanedgetech.com/expedition/deathvalley/.

Ed Stafford, ex-capitão das forças armadas britânicas e líder de várias expedições ao redor do mundo, está há 539 dias (em 22/10/2009) passando o maior perrengue caminhando através da Amazônia, acompanhando o Rio Amazonas da sua origem até o Oceano Atlântico. Ed iniciou sua jornada em 2 de abril de 2008 e pretende finalizá-la em maio de 2010 se tudo der certo. Atualmente está sendo acompanhado por Gadiel "Cho" Sanchez Rivera, "trabalhador da floresta" acostumado a viver e lidar com indígenas, que pretendia guiar por 5 dias Ed em um dos trechos e o vem acompanhando desde agosto.

A dupla se encontra hoje próxima a cidade de Juruá, mais precisamente nas coordenadas de latitude -3.48738 e longitude -65.81097, após um trecho direto de 37 dias pela mata, o pior de toda a expedição até o momento segundo Ed. Em suas últimas notícias no dia 17 de setembro, eles pretendiam partir no dia seguinte para a segunda metade do trecho de 380 km (veja o trecho em linha reta no google maps) entre as cidades de Amaturá e Tefé, em mais 4 semanas diretas pela mata.

Você pode acompanhar a aventura do inglês e seu novo amigo pelo site do Walking the Amazon ou através do seu Twitter.

Dean Potter, um dos maiores escaladores da atualidade e também praticante de slackline (muitas vezes sem nenhum equipamento de segurança) realizou em agosto deste ano o mais longo BASE jump da história, percorrendo 9000 pés em 2min20s após um salto do Eiger nos Alpes Suíços.

Dean contou ao blog prAna, que costuma publicar suas aventuras e de vários outros atletas, que o piloto do helicóptero que acompanhou o salto nunca vira em 10 anos algo igual, tendo-o apelidado de "Eagle" (águia). Dean comenta também que alguns dias antes um amigo tentou o mesmo salto e, tendo calculado mal, por apenas alguns metros veio a colidir com o solo e falecer, o que o faz ver que não é invencível. O vídeo abaixo mostra parte da aventura a qual o blog promete divulgar mais imagens assim que finalizar a edição.


No ano passado, Dean ficou morando em torno de 15 dias em uma caverna da mesma montanha, aguardando uma janela de tempo para realizar uma escalada solo livre da rota Deep Blue Sea (5.12+) apenas com um paraquedas de segurança nas costas. Neste vídeo você pode ver algumas cenas de Dean praticando o slackline e a escalada no Eiger:


Mas aproveitando que estamos falando de Dean Potter, vale a pena relembrar para quem já viu este fantástico vídeo onde o atleta mostra toda a sua habilidade em outra escalada solo no "El Nose of El Captain" no parque americano Yosemite, meca dos escaladores. Meu momento favorito do vídeo, a partir de 1min. aproximadamente, é a cara de outro escalador ancorado na parede quando Dean passa literalmente correndo por ele apenas pedindo para que não o toque. Vale MUITO a pena assistir!

E aí, cansado de criar as suas próprias réguas em "L" para medir e marcar coordenadas UTM nos mapas de corrida de aventura ou mesmo de imprimir cópias das ferramentas gratuitas como as da MapTools (que já quebraram o galho pra muita gente)? Pois a Brunton, que trabalha com equipamentos outdoor, possui em sua linha uma bússola voltada para a orientação em corridas de aventura, a Brunton 8096-AR (de Adventure Racing).

Esta bússola possui vários elementos que a tornam a bússola perfeita para o esporte, principalmente por já conter as réguas em "L" na sua base, em diversas escalas, o que significa um acessório a menos na hora de plotar os mapas e carregar na corrida. Além disto, a bússola conta ainda com ajuste de declinação magnética para que você possa fixar uma única vez sem se preocupar mais, agulha balanceada para os dois hemisférios e o sistema patenteado de "círculo sobre círculo" que impede que o navegador inverta por descuido a direção a seguir. Outra vantagem é a garantia da Brunton para a vida toda do equipamento. Caso você venha a ter algum problema basta enviar de volta à empresa.

Um único detalhe: ainda não é comercializada no Brasil. Eu pelo menos não encontrei em nenhum site de vendas de equipamentos (se por acaso você achar, me avise)!

A edição de setembro da revista Aventura & Ação (edição especial de aniversário) traz uma reportagem do aventureiro brasileiro André Dib e sua escalada às 11 maiores montanhas do Brasil, entre elas uma expedição ao Pico da Neblina, com 2994m de altitude. A aventura na montanha mais alta do país também é relatada com detalhes por André no site Trilhas e Aventuras, onde conta sobre o contato com os índios da região, o encontro com uma sucuri, enxames de abelhas e pegadas de onça.

É possível também acompanhar o trabalho de André como fotógrafo em sua galeria pessoal no Flickr, com diversas fotos tiradas em várias aventuras pelas américas.

O ultramaratonista Dean Karnazes esteve neste mês de setembro no Brasil para lançar em português seu livro "50 maratonas em 50 dias". Além do lançamento do livro, Dean veio para correr o desafio promovido pela The North Face, com sua primeira loja no país inaugurada no Morumbi Shopping em São Paulo, que consistiu em uma corrida de 24hs pelas ruas da capital paulista.

Em seu blog pessoal, Karno, como é conhecido, relata que o desafio foi aberto para outros 100 corredores mas obteve inscrições de 500 pessoas, a quem ele chama de "brazilian nuts" (algo como "brasileiros loucos") e elogia pelo espírito contaminante. No blog o ultramaratonista também elogia a nossa pizza de banana com canela e chocolate.

Em seu primeiro (e inspirador) livro, "O Ultramaratonista", Dean relata suas primeiras ultramaratonas após 16 anos sem sequer calçar um tênis, incluindo a então inédita maratona realizada (exatamente) no pólo sul.

O japonês Keiichi "Kei" Iwasaki resolveu em 2001 fazer um tour de bike pelo Japão e gostou tanto que resolveu sair pedalando mundo afora. Tendo saído com menos de R$ 4,00 no bolso na época, hoje, 7 anos depois, ele já percorreu 45 mil km, tendo passado por 37 países, financiado simplesmente por truques de mágica que faz às pessoas no caminho.


Kei disse ao London Telegraph que "a maoria dos viajantes e aventureiros precisa de dinheiro, mas ao invés de perder a oportunidade de viajar pelo mundo quero mostrar que os sonhos podem se realizar se você tiver força de vontade".

De acordo com o seu blog, Kei não pedalou ou caminhou em apenas dois momentos, quando remou em um bote pelo rio Ganges até o mar (1280 km em 35 dias) e pelo mar Cáspio (25 dias) simplesmente para "ver que tamanho tinha".

Além desta aventura, Kei foi o primeiro japonês a escalar o Monte Everest do nível do mar até o topo sem nenhum tipo de transporte e hoje está na suíça planejando escalar o Mont Blanc.

O blog Hiking Lady divulgou esse vídeo do que considera a trilha mais assustadora do mundo: "El caminito del Rey", localizado em Málaga na Espanha.



O caminho foi construído em 1905 por operários asiáticos para possibilitar cruzar entre as hidroelétricas de Chorro Falls e Gaitanejo Falls. O detalhe assustador é que o caminho foi construído em penhascos, a uma altura de 300m acima do rio e tem apenas 1m de largura, estando hoje parcialmente em ruínas, o que o torna super perigoso de transitar. No ano de 2000 ocorreram 3 mortes no local. A única segurança para quem desafia o caminho, cuja entrada é proibida, é um frágil cabo preso a rocha ao qual você pode ir engatando e desengatando o mosquetão.

Veja algumas fotos no flickr de Gabirulo.